quinta-feira, 29 de maio de 2014

Big sys, little sys.

Barriga está crescendo em ritmo exponencial. Já recebo sorrisos de estranhos na ruas, me cedem lugar no metrô e passo por filas preferenciais sem ser espreitada por olhares julgadores. Quartinho também está quase pronto. Todos os móveis foram montados, e todos os aparatos comprados - carrinho, banheira, chiqueirinho, etc. - foram testados. Sob supervisão cuidadosa dos peludos, que cheiraram cada coisa minuciosamente. Quando montamos o chiqueirinho, eles ficaram com os fuços encostados na telinha, olhando para dentro curiosos. Fico imaginando a delícia que será quando o meu pequeno estiver ali. Anseio por ver a interação entre eles quase quanto anseio tê-lo nos meus braços.
Agora falta só a decoração. Boa parte das encomendas já está sendo entregue pelo correio. Falta o principal: o toque da Nona. Em julho ela vem me visitar, trazendo toda a parte do enxoval que ela tão carinhosamente está fazendo para mim. Enquanto ela não vem, eu fico entrando no quarto, olhando ao redor e imaginando como vai ficar quando colocarmos todos os detalhes. A boa notícia é que meu retorno para Resende já está agendado: última semana de Agosto. Entro em férias e fico esperando meu pequeno chegar. Uma luz no fim de um longo túnel. Passa rápido. Já passou metade da gestação. Daqui até o parto é um pulo. Ou é o que tanto me dizem..
E o tempo voa não só no mundo das grávidas. No mundo dos bebês ele também não dá trégua. Meu sobrinho, que aparentemente nasceu ontem, já está completando 2 meses. E a tia babona aqui só pode curti-lo através das fotinhos que minha irmã manda. Uma mais linda que a outra. Mas essa semana ela postou uma que fez meu coração bater mais forte. E nem foi do pequeno Marco com seu sorrisinho banguela. Foi de umas artes que ela andou aprontando no quartinho dele..
Ela fez esses mobiles coloridos e pendurou em cima do trocador. Quando ela tem que fazer a troca de fralda, ela assopra e eles ficam girando. O Marco adora. Ideia simples e genial. E linda. Esse colorido ficou fofo demais. Tipo de coisa que dá pra fazer em casa, usando material que se encontra em qualquer papelaria de esquina. E se falta ideia do que fazer para pendurar, a abençoada internet nunca nos deixa na mão.
Tutorial completinho desse aqui.

Lembra dos barquinhos que você fazia na sala de aula com pedaços de papel?! Poisentão..






Uma boa utilidade para aqueles retalhos de panos coloridos jogado em algum canto da sua casa.


Tutorial desse aqui!






Recortes de rendas.






Mais restos aproveitáveis: fitinhas.

A maioria dessas ideias usa duas bases bem simples: palitos/pedaços de madeira cruzados, ou aqueles 'anéis' usados para ponto cruz/bordado. Para os penduricalhos, de papel colorido a tecido, pode tudo! Se você - assim como eu - não detém o dom de desenhar, uma busca rápida no google vai te dar um bom molde para seja lá o que for que você quiser, borboletas, estrelas, pássaros, nuvens, corações, carrinhos, animais, figuras geométricas, florzinhas, etc. Realmente muito simples e fofo. A cara da minha irmã! É, já não tenho mais pretensões só de querer ser telle mère. Quero também ser telle sœur 

Update: dica da minha irmã - dá para colocar uma missanga na ponta do fio, assim pesa mais e balança melhor. Thanks sys!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Stay inspired.

Inspiração. Palavrinha difícil, inacessível muitas vezes. Tem dias que ela simplesmente some do meu vocabulário, sem dar notícias, me deixando aflita e angustiada. Os últimos dois dias eu passei fuçando a internet atrás de uma frase que me inspirasse a fazer o convite dos padrinhos do pequeno. Nada. A falta de inspiração era tanta que eu não sabia nem como começar a procurar. Cheguei a desistir algumas vezes. Mas da mesma maneira que a inspiração vai embora, ela vem de repente. Como uma brisa fresca numa tarde abafada de janeiro. Anjos. Foi a palavra que me veio à mente. E instantaneamente eu sabia exatamente o que escrever.
Já tive crises assim de diversos tipos. Momentos de frustração em frente ao guarda-roupas sem saber o que vestir (quem nunca?!), momentos de desânimo na cozinha sem saco até pra fazer brigadeiro de microondas, momentos em que nenhuma música da playlist parece soar bem aos ouvidos. Quando ela some, meu mundo fica cinza. Dramático assim. Sou movida a essa maldita inspiração. E duas coisas me inspiram mais que tudo: imagens e músicas. Viajo longe quando ouço uma boa seleção musical ou "perco" horas fuçando imagens aleatórias. Às vezes compro algumas revistas só pelas imagens. Não que eu tenha preguiça de ler, pelo contrário, eu adoro ler. Mas adoro mais ainda ficar só olhando as fotos e as figuras. Nessas longas horas que tenho passado no trânsito de Sampa, tenho aproveitado para colocar algumas leituras em dia. Mas de vez em quando, em dias que estou cansada demais para pensar, apenas entro no Pinterest e me entrego ao bel-prazer de apenas admirar. É um exercício de relaxamento que tem me rendido ótimas inspirações. Tenho o hábito de separar meus pins por algum tipo de categoria que eu crio na minha cabeça - coisas como "Dreamy Decor", "Colorful Stuff", e "Beautiful & Creative". Mas, de todas as categorias, uma das que mais me apetece os olhos é a "Pretty Things". Nesta pasta eu reúno todas aquelas imagens que de alguma maneira fazem meus olhinhos brilharem, seja a foto de um lugar bonito, um animal em momento fofo ou um registro inusitado de uma diva de cinema. Um punhado de coisas que ao meu ver são belas, minha válvula de escape quando a mente se cansa e pede um intervalo do mundo..











Não consegui fazer essa colagem 'virtual' com todas as fotos arquivadas na pasta - são mais de 50! Mas consegui reunir minhas preferidas. Passei uma manhã bem agradável brincando de combinar imagens, tal como eu gostava de fazer com os recortes de revista que tenho que em casa. Só que quando estou em casa em mal tenho tempo para me dedicar a isso. Só vou de final de semana e sempre tem mil coisas para fazer. Mas já que eu não posso brincar de cortar e colar pedaços de papel, posso ao menos brincar de ctrl+c ctrl+v. Imagens guardadas e vontade para me inspirar é o que não me falta! 

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Lets go sit underneath that willow tree, oh baby just you and me!

Engraçado como um mesmo lugar pode ser tão diferente em momentos diferentes. Basta mudar as pessoas que lá estão, o tempo em que você lá se encontra, e voilá! Tenho essa impressão sobre alguns lugares por onde já passei. Blumenau, por exemplo, eu conheço de três maneiras diferentes: a que eu visitava com minha família quando era criança; a que eu fui uma ou outra vez já adulta para curtir a Oktoberfest; e a última, aquela onde eu morei por três anos antes de enfim me juntar com o respectivo. Nem mesmo a rua que percorri emburrada com o respectivo semi-bêbado do meu lado (ele tinha me prometido que era logo ali, mas a verdade era uma caminhada de 40 minutos!) do centro da cidade até a Vila Germânica, e que 2 anos depois passou a ser meu caminho de todo dia pós trabalho, parecia a mesma.
Do mesmo jeito eu me sinto com relação a Sampa. Primeiro, antes de conhecer o respectivo, uma cidade cinza, sem graça; depois, já com ele, uma cidade viva e cheia de mil coisas para se ver e fazer; por último, nowadays, uma cidade exaustiva, afundada no caos do trânsito e numa rotina sem fim. Sinto falta daquela São Paulo pela qual eu me apaixonei. Foi com certeza uma das melhores épocas da minha vida. De todas as coisas daquele tempo em que nós moramos aqui juntos, uma é que mas me faz falta: nossas tardes ensolaradas no Ibirapuera. Eu amava aquilo. Passava a semana inteira checando a previsão do tempo e torcendo para que o sábado enfim chegasse e eu pudesse me esticar à sombra de alguma árvore enquanto o Tapioca corria fazendo festa com os demais cachorros. Na verdade, minha primeira ida ao maior Parque da cidade não foi assim romântica. Ainda não tínhamos nosso pequeno, e resolvemos ir para andar de bicicleta. Num domingo. Foi como tentar pegar a marginal rumo à praia em véspera de feriadão. Em outras palavras, uma péssima experiência. Mas logo que o Tapioca entrou nas nossas vidas, eu descobri que havia um espaço no Ibirapuera onde as pessoas soltavam os cachorros - não figurativamente falando - e eles ficavam correndo livres, brincando entre si. Para um pequeno cão do tamanho de um lobo que morava num apartamentinho de 60m2, aquilo era o paraíso na terra. E lá nós passamos boa parte dos nossos finais de semana...
Numa dessas tardes, tentativa de foto 'artística' enquanto o respectivo - de vermelho - lia e o pequeno me observava num intervalo das suas peraltices. 
Não conseguimos encontrar em Resende um lugar onde possamos passar tardes tão boas quanto as que tivemos no Ibira. Até conseguimos passear com os nossos pequenos soltos na praça que fica atrás da nossa casa, mas não é a mesma coisa. Não há outros cachorros correndo livres, e há o constante movimento de carros nas ruas que rodeiam a praça. Mas ao menos nós temos algo que nós não tínhamos em Sampa: um belo e espaçoso quintal. Tá bem vai, um espaçoso e não tão belo quintal. O ambiente mais promissor da nossa casa é também o mais judiado. Não é culpa nossa. Já estava assim quando chegamos. Não há grama, árvores, nem flores plantadas. Apenas mato. Em algumas partes apenas terra, e em outras apenas cimento. Tinha rolado até então uma certa preguiça de reformá-lo. Mas quando soubemos da vinda do nosso bebê, decidimos que era enfim o momento de dar um jeito no quintal. Falamos com o proprietário, explicamos a situação, e ele concordou. Já até fizemos alguns orçamentos, estamos apenas esperando o pedreiro dar uma passadinha lá para arrumar algumas coisas no muro antes de começar e mexer no jardim.
Eu nem faço questão de grandes projetos paisagísticos pro nosso quintalzinho. Apenas quero preenchê-lo com grama, e plantar uma árvore - não tão grande, apenas o suficiente para fazer uma sombrinha agradável. Uma Bougainville seria uma boa opção, daria um colorido na casa. Tudo que eu quero é um lugar onde eu possa estender uma canga e deitar no colo do respectivo com o nosso pequeno - o que está por vir, não os peludos. Ou melhor, os peludos também. Um lugar onde eu posso ler um livro, improvisar um picnic, pendurar uma rede ou um balanço, tomar um vinho no final de um dia de outono. Ou uma cerveja numa noite quente de verão...





 










 Meu pequeno e particular pedacinho de Ibira!