quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Closing time.

Há um ditado que diz que enquanto estivermos olhando para a panela, a água não irá ferver. Isso nunca foi tão verdadeiro. Quando o Arthur nasceu eu queria com todas as forças que ele entrasse numa rotina. O pobrezinho mal tinha chego no mundo, acabado de sair do aconchego do útero e eu já queria que ele fosse um reloginho. Quando eu enfim desapeguei, ele entrou sozinho numa rotina que ele mesmo escolheu. E tem sido muito mais tranquilo desde então. Antes mesmo dele chorar, eu já tô pronta para o que ele vai querer a seguir. Well, most of the time..
Com a casa nova, same thing. Foi só eu desacelerar o ritmo e deixar de lado a neura de querer ver tudo no seu devido lugar que as coisas se ajeitaram. Não, a casa não está 100% pronta. Mas já está bem mais perto do resultado que eu queria. E o primeiro dos cômodos que eu consegui finalizar - ou quase isso, porque sempre vai ter uma coisa nova pra colocar ou mudar de posição -, foi o quarto do pequeno.
Faz bastante tempo, quando ele ainda estava quietinho dentro da barriga, eu mencionei por aqui a inspiração pro quartinho dele. Long story short, eu não queria ter que colocar no fundo de uma caixa todas as coisinhas decorativas que nós tínhamos trazido da China. O resultado, um decor em tons de vermelho, preto e branco, com um toque de amarelo, e pandinhas espalhados everywhere!
Quando entra no quarto, isso é o que se vê à direita, o trocador e o que eu nomeei "cantinho da brincadeira". No lado esquerdo do quarto ficam o berço, a poltrona de amamentação e o guarda-roupas.

Esse mobile foi uma das últimas coisas que colocamos. O Arthur adorou, fica fascinado olhando e sorrindo enquanto troco a fralda dele. O trocador, a sacola pendurada na lateral do móvel onde eu coloco as roupas sujas, e a capa dessas duas caixas onde coloco as coisas que precisam estar mais a mão, foram todos feitos pela minha mãe. O mobile de crochet, ebay. Essa mancha atrás da parede vai ser coberta com um border. Tem outras manchas na mesma linha, atrás do berço, a faixa adesiva vai sumir com todas elas.

Lembra como era com o armário e as prateleiras em marrom? O teto pintado de branco também fez toda diferença. O tapete, feito pela minha mãe, já foi dominado pela nova mascote da casa.

Todas as prateleiras estão cheias de coisas que guardamos com carinho e que nos trazem boas lembranças.

Na prateleira mais alta do armário, várias coisas especiais: pandinha de crochet feito pela minha mãe, kombosa cute que achei num site, quadro de panda trazido diretamente da China, e alguns livros de bebê e gravidez.

Há algumas coisas pendentes ainda no quarto. Uma delas é esse 'papel' enrolado no canto da prateleira mais baixa. É um adesivo de girafa com medidor de altura que ainda não sei onde vou colocar.. A prateleira mais baixa está reservada para os brinquedos que o Arthur vai pegar quando já estiver na fase de brincar no chão. A ideia é que ele tenha acesso fácil e possa escolher com o que vai querer brincar (mais sobre isso aqui)

Soldadinho inglês que achei numa lojinha de Penedo, carrossel musical que foi presente da Vovó, cestinho cheio de mordedores e outros brinquedos pequenos. Ao fundo, dois ursinhos especiais para nós: o de coroa eu ganhei de uma grande amiga há uns bons 10 anos, e o de gravata pertenceu ao respectivo quando ele era bebê, carinhosamente apelidado de "nojento". Ambos ganharam roupagem nova feita pela minha mãe.

Caixinha com lembranças das muitas viagens que fizemos, e porta-retrato com o nosso pequeno sorridente.

Abajur de pandinha que me faz companhia nas madrugadas que o Arthur não dorme direto (felizmente não são muitas), e bandeirinhas que nos acompanharam no chá de bebê e na porta da maternidade.

Caneca fofa que eu achei no ebay e nomeei pandinha cabeça de suculenta.

Bonecos tibetanos comprados no vale de Jiu Zhai Ghou, um dos lugares mais incríveis que já conheci.

O quarto visto de outro ângulo, com a poltrona o berço e o guarda-roupas. Esse quarto era originariamente parte do nosso e fazia o papel de closet, por isso esse formato comprido. É um pouco pequeno comparado ao resto da casa, mas serviu bem pro Arthur.

O kit berço feito pela minha mãe, uma das coisas que eu mais gosto nesse quarto.

Esse post foi patrocinado por um delicioso momento de soneca profunda do pequeno. Thank u, my little one!
O ano para mim praticamente termina amanhã, depois disso pegaremos a estrada rumo a destinos diversos e encontros festivos com familiares. Deixo para trás uma casa semi bagunçada, com a sincera resolução de arrumá-lá definitivamente em 2015 (acho que 365 dias é tempo suficiente.. or is it?!). Deixo também para trás um ano absurdamente agitado, mas o mais incrível da minha vida. Comecei sem saber o que viria pela frente e terminei numa casa nova, nossa, com a coisa mais preciosa do mundo nos braços. Vai ser difícil superar 2014. But I have faith in you, New Year. Bring it on!

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Slow down, you crazy child.

"Escrevo diretamente do olho da tormenta. O caos instalou-se por aqui e não tem a menor pressa de ir embora. Há caixas para todos os lados, coisas jogadas em lugares temporários e uma infinidade de arrumações para fazer. Tivemos que mudar sem que a obra da parte interna tivesse sido finalizada. Paredes ainda estão sendo pintadas, armários ainda estão sendo montados. Eu e meu pequeno nos refugiamos num canto dessa zona toda, enquanto eu tento colocar ordem na casa durante as curtas sonecas dele."
O caos visualizado da minha cama, meu porto seguro no meio desse temporal. Acho digno mencionar que o nosso quarto é o cômodo atualmente mais organizado da casa.

Foi assim que comecei esse post, no início da semana passada. De lá para cá tive tanta coisa para dar conta que acabei me esquecendo dele. Boa parte das caixas já se foram, algumas coisas já estão guardadas nos seus lugares definitivos. Mas ainda há muito o que fazer. E há muita coisa pendente das obras. Só que nessa semana resolvi desacelerar. Em parte por pura preguiça. Mas em parte porque tive uma epifania: hoje fez um dia lindo, olhei para o quintal e fiquei imaginando os inúmeros futuros momentos deliciosos que passarei ali quando tudo estiver pronto. Foi quando me dei conta, what the hell?! Por que não agora?! Posso muito bem curtir minha casinha nova, mesmo no alto da sua zona. Ainda que haja uma bagunça generalizada por aí, há uns cantos bem aproveitáveis que anseiam por serem aproveitados. Eu tinha o sincero objetivo de deixar a casa pronta e arrumada até antes da nossa ida para o sul no final do ano. Desapeguei. O mínimo necessário para a nossa sobrevivência já foi desencaixotado e devidamente alocado. O resto, vou fazendo conforme a vontade. E foi por isso que, hoje, enquanto o sol caía, eu simplesmente sentei na varanda com o meu pequeno nos braços, de costas para a casa e todas as caixas que ela atualmente abriga, e fiquei sentindo o vento fresco que soprava levar embora toda a angústia que havia de querer ver a casa pronta para ontem. It's alright, you can afford to lose a day or two..