Dia desses passei em frente à casa que morávamos quando Arthur nasceu. Senti um nó na garganta e lágrimas enchendo meus olhos. Não pela casa em si. Mas pelas memórias que nela ficaram. Foram nela que planejei tantos detalhes do nosso casório. Nela senti o coração parar ao ver as duas listras azuis no exame de gravidez. Nela foi que a barriga cresceu e me vi esperando ansiosa pela chegada do meu pequeno. Foram nela os primeiros dias dele. Lembro tão bem do dia que voltamos da maternidade, de toda a estratégia que usamos para introduzir o novo membro à vida dos peludos. Da primeira soneca dele no berço. De cantar para ele enquanto tomávamos o sol da manhã na varanda. Dos primeiros sorrisos deitado no trocador. Dos passeios com os cachorros enquanto ele dormia aconchegado. Na época, ele era tão pequenino que mal se via ele lá dentro. Chegaram a me perguntar se era um filhote de cachorro que eu carregava. Eu sorria incrédula, e seguia meu caminho. Lembro de quando comprar uma casa nossa não estava sequer nos planos, e eu me virava nos trinta para fazer daquele lugar uma morada aconchegante e com a nossa cara.
O coração apertou pelas memórias que ficarão eternamente guardadas na casinha amarela de esquina. Me imagino anos depois passando por lá e mostrando para o pequeno, "viu, foi para cá que nós te trouxemos logo depois que você nasceu". Pelas memórias, não pela casa em si. Não que fosse uma casa ruim. Era bem agradável e atendia às nossas necessidades na época. Na época. Hoje não consigo nem imaginar como seria morar nela. Sem o pequeno, nós já tínhamos que amontoar as coisas pela casa. Tivemos até que transformar em mini depósito o box do banheiro de hóspedes. Passávamos um sufoco e tanto para guardar a banheira dele no nosso banheiro, ela acabou ficando dentro no box e éramos obrigados a dividir espaço com ela durante o banho. Sem contar a quantidade de coisas que ficava 'temporarimente' guardado pelos cantos, em cima de móveis pouco usados. É, se não tivéssemos comprado a casa nova, teríamos que ter tido muita criatividade para acomodar todos os apetrechos desse pequeno tão espaçoso que invadiu nosso ninho..
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Ideia simples + décor perfeito. Love it! |
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Estantes são ótimas pedidas para dividir ambientes pequenos. |
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Mais um exemplo das 'estantes divisórias'. Adorei esse quartinho escondido. |
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Em quartos pequenos, uma boa ideia é usar e abusar das paredes. |
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Usar o canto para colocar a cama é uma excelente maneira de otimizar o espaço. |
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Louca de paixão por cada detalhe dessa foto. A prateleira com iluminação torna dispensável o uso de criado mudo com luminária, criando espaço extra no quarto. |
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Espelhos em ambientes pequenos ajudam a dar a sensação de ampliar o espaço. |
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Really, really tiny and lovely room! |
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Dispensar armários e usar araras também ajuda a deixar um ambiente pequeno mais espaçoso. Já recorri a esse artifício quando morava em Blumenau.. |
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Paredes para que te quero: o quartinho de bebê mais criativo que eu já vi! |
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Vontade de morar num apartamento pequeno só para ter um espaço desses.. |
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Nada como uma sacada bem aproveitada. |
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Aquele tipo de cantinho que eu poderia passar minha vida inteira. |
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Hortinha vertical otimiza espaço e deixa a varanda muito mais charmosa. |
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Espaço para quê? Tá aí a perfeição em pouquíssimos metros quadrados. |
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Tiny & Comfy. |
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A million tiny ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️ for this kitchen! |
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Dessas ideias simples e apaixonantes. |
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Cores claras ajudam a ampliar o espaço. Essa mini cozinha é um exemplo perfeito. |
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Mais uma mini cozinha clarinha e cheia de personalidade. |
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De novo prateleiras, o caminho mais prático para aproveitamento de espaços. |
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A perfect tiny bathroom! |
Incrível a capacidade humana de adaptação. Da pequenina casinha para o grande casarão que agora habitamos, levei um certo tempo para me acostumar. Nas primeiras semanas, morria de preguiça de ir do meu quarto até a cozinha comer/beber algo. Parecia que minha cama estava separada por anos luz do armário de comidas. O verão estava se aproximando e eu cheguei a passar sede algumas vezes só para não ter que ir de um cômodo ao outro. Hoje faço esses 'trajetos' sem pestanejar, cantando louvores por ter uma casa tão grande em que todas as coisas tem o seu devido lugar. E fico imaginando o que seria de mim espremida naquela casinha amarela de esquina. Mas cá entre nós, no fundo acho até que teria sido no mínimo divertido..
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