quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Born this way.

Minha mãe sempre nos contou como ela aprendeu a costurar. Que, desde muito nova, ela fazia as próprias roupas. Às vezes, os irmãos mais velhos dela (ela é a caçula de 7 irmãos) riam das coisas que ela fazia. Mas ela continuava fazendo. Minha vó ensinou a ela e as suas outras filhas o básico. Era pré-requisito na época saber costurar para ser considerada uma boa pretendente a esposa. Minha mãe acabou aprendendo o resto sozinha. Curso mesmo ela só foi fazer recentemente, por influência minha e das minhas irmãs. Mas a vida inteira ela costurou coisas lindas por conta própria. Tal qual um bom músico tira a música só de ouvido, ela sabe como fazer direitinho uma roupa só de olho. Basta uma foto da peça desejada. E eu sempre me encantei com isso. Quando vou visitá-la e ela tem que costurar algo, fico sentadinha só observando a maneira como ela desenha os moldes, corta os tecidos, como o tecido vai-e-vem na máquina, transformando um mero trapo em uma peça nova. Meu sonho ter metade da aptidão que ela tem para fazer as coisas.
Aí é que tá. Eu sempre tive a impressão de que, das três filhas, eu era a única que não tinha herdado os dotes artísticos da minha mãe. Minhas duas irmãs sempre levaram mais jeito para a coisa do que eu. Ou era o que eu costumava pensar. Nessas artes que eu tenho aprontado em casa, acabei descobrindo alguns genes adormecidos da família em mim. Pensando bem, talvez nem seja uma questão de genética. Talvez seja só uma questão de prática. Lógico, sempre tem aquele que leva jeito para a coisa - como a minha mãe. Mas nada me impede de tentar despertar em mim habilidades através da prática. E, se na época da minha mãe ela contava com a prática dos ensinamentos passados de mãe para filha - cultura essa que infelizmente se perdeu um pouco no tempo -, hoje eu posso contar com um professor talvez não tão qualificado, mas não menos eficiente: a internet.
Pense numa coisa, qualquer coisa, jogue o termo na pesquisa do youtube, e eu te asseguro que você encontrará um tutorial sobre aquilo que procurou. Sério. Ouvi dizer que até bomba caseira os caras ensinam a fazer no youtube (não que eu tenha procurado ou pretenda fazer). Mas, de verdade, é possível achar tudo que quiser. Tanto é que esses dias me pediram dicas sobre aplicação de tecido na parede. Nunca fiz isso, apesar de achar uma ideia muito boa e prática. Mas nada que o youtube não resolvesse. Uma pesquisa rápida e voilá, um tutorial bem didático e simples:
 
Gostei da dica de usar uma placa de mdf ao invés de aplicar direto na parede.

A ideia não foi minha, mas deu vontade de roubar e fazer aqui em casa. Só me contive porque, com todas essas coisas legais que tenho achado, preciso pensar com calma e selecionar as que realmente serão aplicadas. Ou isso ou correrei o sério risco da minha casinha virar o samba do crioulo doido. Mas que dá vontade olhando essas fotos, ah dá..
Não bastasse aplicar tecido na parede ainda tinha que fazer patchwork?! Muito amor por essa foto.

Mais patchwork, mais amor.
  


Criatividade sem limites. Adorei.
 



Não sou muito fã de tudo muito combinandinho. Trocaria o tecido da cortina e da cabeceira da cama. Mas né, gosto é gosto.
Copacabana inspired.
 


 

Combinação perfeita de floral com listrado.
 


















 


Ideia baratinha e simples de fazer. E cheia de personalidade. Eu, como uma boa amante de coisinhas bonitas e baratas que sou, adicionei no meu top5 de coisas para fazer aqui em casa. São coisas assim que, mesmo que eu nunca tenha tentado, quero meter a cara e fazer. Afinal, não tem jeito melhor de aprender do que dar a cara a tapa. Tentar, errar, tentar de novo. Até acertar. Até que, em algum momento, torna-se tão natural que é possível fazer de olhos fechados. Como se você tivesse nascido fazendo aquilo.
Quando eu comecei a prestar atenção nas coisas que a minha mãe fazia, ela já tinha anos e anos de prática. É covardia eu querer ter a mesma aptidão que ela sem ter me dedicado 1/10 do que ela se dedicou. Lógico que, além dos anos de prática, ela tem a vantagem de ter começado cedo o aprendizado e ter tido uma ótima professora, tudo combinado com o dom nato que ela sempre teve. Mas quer saber? Yes, we can! Eu tenho todas as ferramentas necessárias: uma mãe cheia de ensinamentos valiosos para passar, a internet como professora substituta, tempo de sobra para me dedicar e, o principal, muita vontade de aprender. Pode apostar, um dia você ainda vai olhar para mim e achar que eu nasci com agulha e linha na mão.

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