quinta-feira, 28 de maio de 2015

Back in the good old days..

No meu tempo as coisas eram diferentes. Mais fáceis. Mais tranquilas. Mais bonitas. Mais valorizadas. Mais baratas. Mais acessíveis. Mais 'adicione aqui o adjetivo que lhe convir'. Quem nunca ouviu essa frase de algum parente mais velho, que atire a primeira pedra. Quem nunca pensou dessa maneira nostálgica nos tempos remotos da sua vida, que atire a primeira pedra. Todos nós ouvimos essa frase, e todos nós a repetiremos. Não sei que névoa mágica habita nossas memórias mais distantes, mas a verdade é que gostamos de lembrar do passado de uma maneira cor de rosa. Pegamos antigas recordações, limpamos as suas aretas, as partes feias, e apresentamos aos outros com uma nova cara. Revestidas com um brilho novo, com um filtro do Instagram. Lo-fi talvez. Ou quem sabe mayfair. O que faz todo sentido. Lembrar de coisas ruins dói, machuca. Muito melhor encher os pensamentos com lembranças de momentos bons, recheados de saudosismo e .
Se lembrar do passado já é um ato romântico por si só, quem dirá lembrar daquelas coisas que hoje não existem mais. Um chocolate que fez parte da nossa infância, o tênis da moda que todo mundo queria. A música de uma propaganda que passava há 10 anos, um desenho ou programa de TV. Eu sou do tempo do 'Xou da Xuxa'. Telespectadora assídua. Tinha todos os discos, microfone, bota, decoração de festa de aniversário, tudo que eu tinha direito. Até o cabelo amarelinho igual ao dela eu tinha. Mas não era só de 'ilari, ilari, ilariê, ôôô' que meus dias eram feitos. Outros personagens icônicos também vivem nos baús da minha memória. Fofão, Topo Giggio, A Turma do Balão Mágico, Trem da Alegria, e, como não poderia deixar de ser, Castelo Rá-Tim-Bum. Levanta a mão aí quem já tomou banho cantarolando "tchau preguiça, tchau sujeira, adeus cheirinho de suor". Eu ainda hoje, quando lavo a mãozinha do Arthur antes de comer, canto para ele "lava uma mão, lava outra, lava uma..". Quem não lembra do Marcelo Tas e o seu indefectível "Porque sim não é resposta"?! De vez em quando ainda me vem à cabeça o bordão "Senta que lá vem história..". Boas memórias. Tivemos a oportunidade de matar um pouco da saudade desse tempo numa exposição que teve no início do ano no MIS - Museu da Imagem e do Som em São Paulo. E para nos acompanhar nesse viagem no tempo e ver um pouco da infância do papai e da mamãe, levamos o pequeno. Sua primeira vez no museu. Menino culto. Mas taõ culto, que dormiu na primeira meia hora.

A exposição começava com uma mostra de releituras do programa feitas por diversas artistas.

Cerca de 50 quadros mostravam personagens e detalhes do programa de uma maneira diferente.

Ssssssssssceleste, João de barro e as Patativas, o Ratinho.

Queria esse no quarto do pequeno ❤️

Nino!!

Pequeno se mostrando concetradíssimo e compenetrado na sua primeira ida ao museu...

Detalhe do lustre no hall do Castelo. Teria um desses em casa fácil fácil.

A icônica árvore do hall, com a sua icônica cobra aninhada no buraco.

Detalhes dos soldinhos de chumbo na porta giratória que dava para o quarto do Nino.

Passarinho, passarinho, que som é esse? Quem sabe o nome dele?

Quadros da família.

Objetos preciosos e originais do programa.

Quarto do Nino (impossível tirar uma foto do quarto vazio..)

Paredes coloridas e cheias de coisas coladas. Alguém aí já teve um quarto diferente disso?

Meia hora de exposição depois, pequeno apagado com direito a bocona aberta.

Veja bem meu pequeno, essas eram coisas do tempo da mamãe e do papai. Tão diferentes das coisas que se vê hoje por aí. A mamãe é do tempo que existiam ótimos programas infantis e inúmeros grupos musicais com músicas educativas e de qualidade. Bons tempos que não voltam mais. A mamãe é do tempo em que o Sérgio Malandro era príncipe e chegava cavalgando num cavalo branco. Do tempo em que o Didi Aragão era galã e ficava com a mocinha no final. Er, hm.. Bem, deixa pra lá..

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