quinta-feira, 26 de setembro de 2013

As flores de plástico não morrem.

Chegou a primavera, a estação florida! Hora de encher a sua casa com vasinhos multicoloridos e cheirosos. E ficar apreciando as lindas florzinhas.. morrerem lentamente. Não, eu não estou incitando a crueldade vegetal. Estou apenas constatando como as coisas acontecem na minha casa. Nunca tive o dom para cuidar de plantas. Aliás, eu sempre brinquei dizendo que eu sou a moça do cartão, e não a moça das flores. Em parte porque eu realmente adoro ler qualquer coisa que alguém tenha dedicado um tempinho para escrever especialmente para mim. Mas também porque eu matei todas as flores que recebi na vida em questão de dias. Ok, preciso admitir. Acho que não é uma questão de dom. É mais uma questão de preguiça e esquecimento. As pobrezinhas não são capazes de me avisar que estão precisando de água e sol (ou menos água e menos sol). Quando eu me dou conta, elas já estão murchando e não há mais nada que eu possa fazer por elas. O que é um saco, porque eu realmente gosto de ter flores em casa. Acho que elas alegram e trazem vida ao ambiente. Adoro aquelas cenas de filmes em que a mocinha passa por uma banca de flores, escolhe um ramalhete e coloca num lindo vaso quando chega na sua casa. Melhor do que isso só se a mocinha estiver indo para casa numa bicicleta com cestinha. Eu quero isso. Quero uma bicicleta com cestinha, e quero conseguir fazer minhas flores durarem em casa.
Nessa ânsia de querer encontrar uma flor que conseguisse sobreviver ao meu descaso, acabei me deparando com um tipo de plantinha que tinha tudo para dar certo: suculentas. Delicadas e muito ornamentais, são ótimas para se ter em casa. Ainda mais para aqueles - como eu - que não sabem muito bem cuidar de plantas. Isso porque as suculentas requerem poucos cuidados. Não necessitam poda e consomem pouca água. Além do que, podem ser cultivadas tanto em jardins quanto em ambientes internos. A primeira suculenta na vida que você provavelmente conheceu, foi o cactos. Mas existem várias espécies dessa plantinha: rosa-de-pedra, aeônio, aeônio-variegado, dedo-de-moça, orelha-de-gato, crássula-fogueira, senécio, havórtia, áloe, áloe-espiral, planta-sanfona, planta-jade, planta-pérola, pata-de-elefante, ... Em vasinhos simples, ou em lindos composés, elas vão bem em qualquer lugar. Já se tornaram minhas preferidas. E não só porque elas se adaptaram perfeitamente à minha falta de jeito com plantas. Mas, principalmente, porque elas são tão lindas que parecem verdadeiras obras de arte.

 









The cutest turtle ever!
 





Jardim vertical de suculentas em venezianas.
 




Decoração de festa: suculentinhas em arranjos de centro de mesa.
 





Feito sob medida para mim!
Sensação de que um smurf saltitante sairá de trás do cogumelinho..

Cascata de rosas-de-pedras.
 

Lindas até em bouquet de noivas..
..e lembrancinhas de casamento!
As que eu tenho em casa são cultivadas solitárias. Ainda não consegui fazer um desses composés incríveis. Mas a boa notícia é que elas já estão comigo há bastante tempo. E estão sobrevivendo firmes e fortes. Iei!
Parece de mentira, mas juro que não é!!

Cantinho preferido do nosso tranqueira.
 



Gostei tanto das minhas pequenas, que comecei a cuidar e prestar mais atenção nas plantinhas de casa. Até comprei um vasinho de orquídea que ficou florido durante uns bons cinco meses. Semana passada a última florzinha caiu. Mas as folhagens estão bem verdinhas e crescendo bastante. Não sei se as flores caírem é apenas parte do ciclo da vida, ou se eu as matei. Mas, na pior das hipóteses, já consegui mantê-las vivas por bem mais do que uma semana. Mérito das suculentinhas. Essas coisinhas fofas que conseguiram despertar em mim uma vontade maior de manter minha casa sempre verdinha, a ponto de realmente me dedicar a cuidar das plantas que tenho. So, come in dear Spring. Make yourself at home. 'Cause this time, I´m ready for u.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Something old.

Voltamos ao Rio. Dessa vez para curtir um desses dias nada rock do tal chamado "Rock in Rio". Feel free to judge me. No dia que fomos teve John Mayer e eu gosto demais do som dele. Há anos desejava assisti-lo ao vivo. Então, mesmo que o evento se chamasse "Axé in Bahia" eu iria mesmo assim, contanto que tivesse show do cara (peço desculpas pelo meu gosto musical não tão cult e rebuscado assim). Enfim. Como fomos no sábado de manhã para lá, marquei com uma amiga minha de visitar uma feirinha de antiguidades no centro que eu já tinha ouvido falar muito e tava doida para conhecer, e que só acontece aos sábados das 8h às 14h. Nos encontramos na Confeitaria Colombo, e iniciamos nosso passeio nos entupindo de glicose. Nada mais justo. Andaríamos bastante e precisávamos de energia. Eu já tinha ido à filial da Colombo no Forte de Copacabana, que é ok e bem carinha. Mas tava curiosa para conhecer a Colombo do centro, já que todo mundo falava que é muito linda e tudo mais. Realmente, o lugar é bastante imponente. Cristaleiras a perder de vista, cheias de utensílios e fotos antigas. Balcões apinhados de salgados e doces de dar água na boca. O lugar estava lotado de turistas. Eles chegavam aos bandos, cada um com seu guia, falando todas as línguas possíveis e imagináveis. Comemos rapidinho, em pé mesmo, encostadas numa mesinha, e partimos bater pé na feira. E, enquanto eu esperava minha amiga chegar, me distraí tirando umas fotinhos.
Não é filtro de aplicativo nenhum. Foi a luz do sol que deu esse efeito na foto.



Não foi muito fácil conseguir tirar uma foto boa lá dentro. A iluminação não ajuda.


Vale a pena a visita. Mas ponto turístico por ponto turístico, curti bem mais o Café Tortoni em Buenos Aires... Anyway, de barriguinhas cheias, lá fomos nós para a feira de antiguidades da Praça XV. A praça fica às margens da Baía de Guanabara, e é considerada o marco zero da cidade. Então você pode ter ideia da quantidade de prédios antigos e lindos que circundam o local. A ideia inicial do passeio era darmos uma voltinha na feira e depois passear pelos prédios históricos das redondezas. Mas nós não tínhamos a menor noção do tamanho do negócio. Acho que nós caminhamos por quase 1h30 na feira, e não chegamos nem na metade dela. Poisé. É insana a quantidade de barraquinhas para fuçar. Isso que nós nem fomos para comprar nada, fomos só para olhar. Olhar e tirar fotos, lógico.
Além do colorido das barracas, a feira é brindada pelo colorido de inúmeros grafites espalhados pelo local.
Cúpula do que eu chutaria ser o Teatro Municipal ao fundo.
Fachada de um dos prédios históricos que fica ao redor da praça.



Muito amor por essa tigelinha de madrepérola.
Wishlist: o abajur de base redonda preta e o criado mudo sobre o qual ele está.
Espelho antigo com base para penteadeira no fundo da foto, lindo demais!
Esse reloginho verde entrou no meu shopping cart imaginário.
Lá tava cheio desse jogos de bebidas lindos de todas as cores/formatos possíveis.
Coleção de elefantinhos, cute!
Liquidificador antigo e pinguim de geladeira para enfeitar a cozinha.
"Hein?!?! Vitrooooola!!"
Baguncinha boa de fuçar.
Escova de filme. Me vi penteando minhas longas madeixas numa camisola comprida de seda sentada em frente a uma linda penteadeira marchetada.
Tenho um lugarzinho perfeito para essa belezura na minha casa..

Os brinquedos antigos que tem por lá são de matar o coração de tanta nostalgia..

Mais um daqueles jogos de bebidas.
Bolsinhas de festa e maleta toda em couro vermelho. Lindas.
Tenho verdadeira obsessão por essas cúpulas 'Tiffany'. Meu sonho ter uma sobre a minha mesa de jantar.
Um dos itens que eu mais amei na feira, essa xícara florida com pires. Quero djá!
Barraquinha de itens de guerra. Do lado tinha uma arara cheia de uniformes militares de todos os tipos.

Muito amor pela imagem dessa moça de boina, vestido curto e botas de cano alto. Quase trouxe pra casa. Aliás o que tem de fotos antigas lindas lá é brincadeira.
Tem coisa mais casa de vó do que esse quadro redondo? ♥
Miss universo já em fase decadente. Poor girl.
Telefone antigo e armação de óculos tem a rodo por lá.
 

A maioria das barracas de livros tinha a plaquinha de promoção: 1 por 3, 2 por 5. Beautiful!
Reloginho charmoso no caminho de volta para o metrô.
Algumas fotos saíram em ângulos ruins, ou com pés alheios e pessoas em poses esquisitas no fundo. É que o pessoal lá não curte muito que tirem fotos das coisas. Levei uma bela bronca de uma das vendedoras quando tentei tirar foto de uma barraca com anúncios antigos de revistas. Uma pena, os anúncios eram um mais lindo que o outro, dignos de serem emoldurados. O jeito era fingir que estava mexendo no celular e disfarçadamente clicar as coisas que eu gostava. E acabaram saindo essas fotos marromenos. Sorry about that. Mas é um lugar para se passar a manhã inteira fuçando. Já tinha ido na Benedito Calixto várias em vezes em São Paulo, mas curti bem mais essa feira da Praça XV. Bem maior e com preços mais acessíveis. Mais bagunçada e descontraída também. Típico passeio que faz o meu dia. Adora coisas antigas. Objetos que contam histórias, que trazem memórias. Vontade de encher minha casa deles. Tá, nem tanto. Não quero transformar minha casa num museu. Mas acho lindo inserir uma peça assim numa decoração mais moderninha, ou clean. Contrastando estilos e épocas. Porque objetos e móveis antigos não são apenas belos. São parte do que um dia fomos. Determinantes do que somos hoje.