terça-feira, 2 de junho de 2015

What goes around, comes around.

Já comentei por aqui, nos primórdios do blog, sobre minha infância de andarilha. Cheguei pequena em Floripa, aos 7 anos, no meio de um ano letivo, e tive que começar a frenquentar uma escola nova. Não bastasse a novidade do lugar, das pessoas, de ter que começar tudo do zero numa cidade nova, eu ainda tive que enfrentar toda uma metodologia nova que o colégio onde eu havia sido matriculada. Método Montessori. Precisei me acostumar com a ideia de sentar em círculo no chão da sala ao invés de carteiras, fazer cálculos matemáticos com cubos e barrinhas de madeiras coloridas que representavam unidades, dezenas e centenas, fazer as atividades escolares em grupos que se revezavam nas matérias durante a semana até que todos os grupos tivessem feito todos os exercícios. Eram muitas novidades para minha pequenina cabecinha. Engraçado que não me lembro muito bem do rosto dos meus colegas de turma, mas nunca me esqueci dos detalhes daquelas aulas, de como eu me sentia diferente estudando sentada no chão utilizando bloquinhos de madeira.
Foram 3 anos e meio estudando nesse colégio. Dali para frente voltei a frequentar escolas que seguiam os métodos tradicionais. Carteiras, livros e apostilas. Muito tempo se passou de lá para cá. Muita coisa se passou até eu desobrir que aquela maneira diferente de estudar que habitava minha memória mais remota, era muito bem indicada não só dentro do ensino educacional, mas também para as rotinas dentro da nossa própria casa. Basicamente, o método montessoriano é caracterizado por uma ênfase na independência, liberdade com limites e respeito pelo desenvolvimento natural das habilidades físicas, sociais e psicológias da criança. Nesse sentido, busca-se a utilização dos recursos mais adequados a cada fase e a cada criança em seu momento, já que as fases não são estanques e nem têm datas exatas para começar e terminar. E foi nesse contexto que fui apresentada ao 'quarto montessoriano'. Um quarto pensado e planejado totalmente para a criança, com a cama numa altura em que ela possa sair com tranquilidade, brinquedos e objetos ao seu alcance, prateleiras e armários levando em conta a altura da criança. São só alguns dos detalhes visados por quem busca montar um quarto montessoriano. E já que liberdade é a palavra de ordem, a criatividade pode rolar solta e sem limites no quesito decoração..
Meu sonho fazer uma tenda dessas pro Arthur.

Cheer and colorful.

Estante de brinquedos acessível para os pequenos.

Essa folha de palmeira ❤️

Playroom dos sonhos!

Não fosse pelos móveis em tamanho mini, poderia dizer que é um quarto de gente grande.

So cute.

Simple & Beautiful.

Caminha montessoriana de patchwork. Muito amor!

O mesmo quarto, outro ângulo.

A-M-E-I a ideia da casinha pintada na parede.

Um desses para mim tava ótimo. Para MIM, não pro pequeno..

Ok, parece uma caminha de cachorro, mas eu gostei..

Perfect! (salvo na pasta de ideias para o futuro quarto do Arthur)

Rústico e fofo.

O espelho na parede é quase um must have do quarto montessoriano. As crianças adoram!

Adoro a simplicidade e a beleza desses quartinhos.
Na falta de um quarto, dá para fazer um cantinho montessoriano pela casa também.
Quando eu descobri o tal 'quarto montessoriano', o Arthur já tinha lá pelos seus 4 meses, e confesso que, apesar de ter adorado a ideia, rolou uma certa preguiça de remodelar o quarto todo dele. Afinal, era o único cômodo da casa que estava pronto, e ele tinha acabado de ganhar um cantinho de brinquedos na sala de TV.. Quem sabe, quando e se o/a segundo/a pequeno/a vier, e tivermos que reorganizar a disposição dos quartos da casa. O que no momento é quase um assunto de ficção científica. Let´s focus on now, shall we?!

sábado, 30 de maio de 2015

My week in pins IV.

Minha mãe nunca fica doente. Fato. Nos meus longos 30 anos de existência, raras foram as vezes que vi minha mãe tomar remédio ou precisar de um dia de cama. Eu sempre fiquei doente, e muito. Minhas irmãs ficaram doentes inúmeras vezes. Meu pai também. Até meus cachorros, o gato, o papagaio e o periquito. Mas minha mãe não. Cresci invejando o sistema imunológico da bendita, desejando ardentemente ter um pouquinho dos anticorpos dela nas minhas veias. Não suporto ter que tomar remédio. Sou dessas que espera a situação ou a dor estarem insuportáveis até colocar qualquer pílula, gotinha ou xarope na boca. Culpa talvez da quantidade astronômica de medicação que tomei durante a minha infância. Sorte minha que eu cresci, e meus glóbulos brancos devem ter 'crescido' junto, porque de uns anos para cá os vírus e bactérias resolveram procriar em outro terreiro. No último inverno, se tive uma gripe foi muito. Já nesse..
Minha mãe fica quase mais doente que eu. Ou, minha mãe é parceira e fica doente toda vez que eu fico. Essas são possíveis frases que o pequeno poderá um dia dizer. Desde que entrou na creche, ele já pegou duas gripes e uma virose. Normal. Resultado da soma creche+clima. Está socializando germes e se deparando com a chegada do primeiro inverno na sua vida. Só que eu tô indo junto todas as vezes. Fui parar no hospital algumas vezes nessa semana. Algumas levando ele, outras sendo levada. E invejando mais do que nunca o sistema imunológico da minha mãe. É meu pequeno, tamo junto. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença.. 

Não, não somos eu e o pequeno, mas tinha tudo para ser. Sling, camisa jeans, coque alto e o pequeno de acessório, basicamente me resume. Encarando o inverno de frente. Bring it on, MTF!

Jogada em algum lugar assim. Agora.

It´s a lovely time for some tea!


Last autumn's days.

Baby it´s cold outside.

Healing sunshine.

Melhor. Sacola. Ever.


I have a thing for apothecary jars in the bathroom.

Fall colors inspiration.

Clean&Comfy

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Back in the good old days..

No meu tempo as coisas eram diferentes. Mais fáceis. Mais tranquilas. Mais bonitas. Mais valorizadas. Mais baratas. Mais acessíveis. Mais 'adicione aqui o adjetivo que lhe convir'. Quem nunca ouviu essa frase de algum parente mais velho, que atire a primeira pedra. Quem nunca pensou dessa maneira nostálgica nos tempos remotos da sua vida, que atire a primeira pedra. Todos nós ouvimos essa frase, e todos nós a repetiremos. Não sei que névoa mágica habita nossas memórias mais distantes, mas a verdade é que gostamos de lembrar do passado de uma maneira cor de rosa. Pegamos antigas recordações, limpamos as suas aretas, as partes feias, e apresentamos aos outros com uma nova cara. Revestidas com um brilho novo, com um filtro do Instagram. Lo-fi talvez. Ou quem sabe mayfair. O que faz todo sentido. Lembrar de coisas ruins dói, machuca. Muito melhor encher os pensamentos com lembranças de momentos bons, recheados de saudosismo e .
Se lembrar do passado já é um ato romântico por si só, quem dirá lembrar daquelas coisas que hoje não existem mais. Um chocolate que fez parte da nossa infância, o tênis da moda que todo mundo queria. A música de uma propaganda que passava há 10 anos, um desenho ou programa de TV. Eu sou do tempo do 'Xou da Xuxa'. Telespectadora assídua. Tinha todos os discos, microfone, bota, decoração de festa de aniversário, tudo que eu tinha direito. Até o cabelo amarelinho igual ao dela eu tinha. Mas não era só de 'ilari, ilari, ilariê, ôôô' que meus dias eram feitos. Outros personagens icônicos também vivem nos baús da minha memória. Fofão, Topo Giggio, A Turma do Balão Mágico, Trem da Alegria, e, como não poderia deixar de ser, Castelo Rá-Tim-Bum. Levanta a mão aí quem já tomou banho cantarolando "tchau preguiça, tchau sujeira, adeus cheirinho de suor". Eu ainda hoje, quando lavo a mãozinha do Arthur antes de comer, canto para ele "lava uma mão, lava outra, lava uma..". Quem não lembra do Marcelo Tas e o seu indefectível "Porque sim não é resposta"?! De vez em quando ainda me vem à cabeça o bordão "Senta que lá vem história..". Boas memórias. Tivemos a oportunidade de matar um pouco da saudade desse tempo numa exposição que teve no início do ano no MIS - Museu da Imagem e do Som em São Paulo. E para nos acompanhar nesse viagem no tempo e ver um pouco da infância do papai e da mamãe, levamos o pequeno. Sua primeira vez no museu. Menino culto. Mas taõ culto, que dormiu na primeira meia hora.

A exposição começava com uma mostra de releituras do programa feitas por diversas artistas.

Cerca de 50 quadros mostravam personagens e detalhes do programa de uma maneira diferente.

Ssssssssssceleste, João de barro e as Patativas, o Ratinho.

Queria esse no quarto do pequeno ❤️

Nino!!

Pequeno se mostrando concetradíssimo e compenetrado na sua primeira ida ao museu...

Detalhe do lustre no hall do Castelo. Teria um desses em casa fácil fácil.

A icônica árvore do hall, com a sua icônica cobra aninhada no buraco.

Detalhes dos soldinhos de chumbo na porta giratória que dava para o quarto do Nino.

Passarinho, passarinho, que som é esse? Quem sabe o nome dele?

Quadros da família.

Objetos preciosos e originais do programa.

Quarto do Nino (impossível tirar uma foto do quarto vazio..)

Paredes coloridas e cheias de coisas coladas. Alguém aí já teve um quarto diferente disso?

Meia hora de exposição depois, pequeno apagado com direito a bocona aberta.

Veja bem meu pequeno, essas eram coisas do tempo da mamãe e do papai. Tão diferentes das coisas que se vê hoje por aí. A mamãe é do tempo que existiam ótimos programas infantis e inúmeros grupos musicais com músicas educativas e de qualidade. Bons tempos que não voltam mais. A mamãe é do tempo em que o Sérgio Malandro era príncipe e chegava cavalgando num cavalo branco. Do tempo em que o Didi Aragão era galã e ficava com a mocinha no final. Er, hm.. Bem, deixa pra lá..

domingo, 24 de maio de 2015

My week in pins III

Pequeno teve consulta essa semana. Já tá chegando nos 9kg. Mais do que dobrou o peso que nasceu. Já tá liberado pra comer carnes e carboidratos. Já engatinha por tudo e se apoia nas coisas para ficar de pé. Tivemos até que baixar o estrado do berço porque ele anadava nos recebendo no quarto de pézinho apoiado nas grades todo dia de manhã. Me fez lembrar do dia que compramos o berço, nessa mesma época do ano passado. Eu ouvia a vendedora explicar sobre os vários níveis de altura, pensando que iria demorar uma eternidade para que aquele bebêzinho que crescia dentro de mim estivesse grande o suficiente para justificar a mudança de altura do colchão. Opaopaopa. Pode parar já. Para tudo que assim eu não consigo acompanhar. Ainda ontem eu ouvia de todos os lados para ficar calma que o tão temido primeiro mês iria passar. Que aquele túnel que parecia sem fim tinha uma luz lá no final. E agora esse túnel parece tão distante.. Ter filhos é um lembrete diário de que o tempo voa. Um lembrete de que o tic-tac do relógio é impiedoso e não espera por ninguém. Estremeço ao me dar conta de como esses quase 8 meses voaram. Tenho vontade de chorar ao pensar que a tendência é daqui para pior. Vontade de rasgar calendários e quebrar relógios. Vontade de pedir ao tempo que tenho dó de nós, pobres mortais. Tempo, tempo, tempo, tempo. És um dos deuses mais lindos. Um dos mais lindos, mas um dos mais filhodap***!..
Opressive time.

Timeless.

Lost in time decor.

Back to the past furniture.

Stylish baby & crib.

Little jar of memories.

Cute idea. Esse eu não quebraria..
 
Kids should be kids forever..

Growing up, it's harsh when it's happening with our babies..

Memories in the wind.