quarta-feira, 7 de maio de 2014

Girls become lovers, who turn into mothers.

Domingo que se aproxima será dia das mães. Mais um desses vários dias comemorativos que existem no calendário para nos fazer sair e comprar presentes. Mas esse, em especial, eu acho digno de celebração. Na verdade, eu demorei um pouco para me dar conta do significado desse dia, do significado dessa pessoa específica na minha vida. Admito sem o menor pudor que eu fui uma aborrecente muito da chata. Já disse e repeti aqui várias vezes que eu me lembro muito pouco de fatos da minha infância. Mas da minha adolescência eu me lembro bem. Lembro das brigas homéricas com a minha mãe que não me deixava ir para a balada quando todas as minhas amigas íam. E quando eu fui finalmente liberada para frequentar a noite florianopolitana, os horários de volta para casa. Ah como renderam discussões esses malditos ponteiros. Lembro de chorar amargurada pensando comigo mesma que ela era a pior mãe do mundo por me colocar tantos limites, jurando para mim mesma que eu seria diferente com a minha filha. Oh, silly me.
Uma década e meia depois e eu me vejo olhando para trás e lamentando o fato de eu ter sido tão insuportável com ela. Uma década e meia depois, eu me vejo carregando o meu primeiro filho no ventre e pensando se eu vou conseguir ser metade da mãe que ela foi para mim. Oh yeah, I´m going to be a mommy! Por isso o começo de ano tão turbulento, porque a minha volta para Sampa coincidiu com um dos momentos mais épicos da minha vida. Por isso tantos esforços para tentar não ter que deixar minha casinha, mesmo que temporariamente. Anyway, cá estou curtindo minha barriguinha que a cada dia cresce mais. Curtindo minha nova pochetinha e planejando. Claro que o quartinho do pequeno já tá montado na minha cabeça desde praticamente o momento que eu descobri a sua existência. E já tá quase todo comprado, incluindo os pequenos detalhes. Mas como ainda tem muito caminho (leia-se: muita entrega dos Correios) pela frente até o quarto ficar pronto, resolvi dividir só alguns detalhes para dar um gostinho do que vem por aí..
Quando eu comecei a pensar no quarto do bebê, esses foram os detalhes que acabaram me fazendo optar por uma combinação de cores que eu nunca tinha pensado: vermelho, preto e branco, com toques de amarelo. Não era a minha 1a opção, mas aí eu me dei conta que, se eu escolhesse outras cores, teria que encaixotar todas as coisas lindas que nós trouxemos da China e que acabariam por ser um pano de fundo ótimo para um quartinho bem diferente.. Esse é o primeiro - e único até então - canto do quarto que ficou pronto: uma reunião de várias coisas muito especiais, algumas trazidas da viagem, outras herdadas da decoração do casório, todas muito felizes por terem enfim encontrado o seu lugar na nossa casa!

Assim como o quarto lindo do meu sobrinho, o canto do meu pequeno será todo 'homemade'. Estes são alguns dos tecidos que eu comprei para fazer o kit berço, trocador, colcha da cama babá, almofadas, etc. Tudo feito especialmente e com todo carinho pela nona e mãe mais linda de todas  


Já que o quarto teve toda uma inspiração oriental, e já que se trata de um quarto de bebê, o pandinha - um dos meu animais preferidos - vai ganhar um destaque especial. Além do quadro na parede, alguns outros detalhes vão compor a decoração, como esse abajur (que eu achei no Aliexpress) e o bichinho de crochet (que eu encontrei na Internet e a nona dedicada já deu um jeito de descobrir como fazer).

Essa foi a 1a compra que eu fiz para o quartinho. As cores e os detalhes já estavam definidos, mas eu estava me aguentando para começar a sair comprando as coisas, queria primeiro completar o 1o trimestre, período de maior risco. Acabei encontrando no Ebay meu de cada dia essa coisinha linda e foi amor à primeira vista. Assim que fiz o ultrassom e vi que estava tudo bem com o meu pequeno, já fiz a encomenda. Para trazer um toque das demais cores do arco-íris ao quarto!  
Meu primeiro dia das mães se aproxima. Se bem que né, apesar do bebê na barriga já ser um grande passo na maternidade, dia das mães de verdade para mim só ano que vem. Por enquanto eu não tenho a menor ideia do que é realmente ser mãe. Eu nem me sinto como uma mãe. Sei que, em algum momento crucial, isso vai mudar e meus instintos maternos irão aflorar, e eu vou começar a entender o que de fato significa todo esse amor incondicional do qual eu ouço tanto falar. Por enquanto, só me resta ficar imaginando como vai ser, planejando o que eu posso planejar e tentando me preparar para o que está fora do meu alcance. Por enquanto, só me resta olhar para trás, entender e agradecer, mais do que nunca, por todas as coisas maravilhosas que minha mãe sempre fez por mim. E se algum dia na vida eu desejei - e foram vááááárias as vezes que eu desejei - ser mais como a minha mãe, hoje eu queria mesmo é que meu pequeno tivesse a sorte de eu conseguir ser a própria. ´Cause she was and will ever be the best Mom I could ask for!

Nenhum comentário:

Postar um comentário