terça-feira, 12 de novembro de 2013

A trip to remeber: China (parte 1).

Então, como eu mencionei em outro post, há algum tempo atrás eu viajei para a China. Foi minha primeira viagem para fora do Brasil. Confesso que, quando eu pensava em viajar, essa não era minha primeira opção. Nem segunda. Nem sequer entrava no meu top5. Para falar bem a verdade, acho que eu nunca tinha nem pensado em conhecer a China antes do respectivo ir parar lá. Talvez essa tenha sido a melhor coisa: eu viajei sem grande expectativas. Lógico que eu sabia que conheceria um país lindo, completamente diferente e com história milenar. Mas, como nunca foi um 'grande sonho' ir para lá, eu fui com o sentimento de que seja lá o que fosse que eu encontrasse por lá, seria ótimo. Aliás, eu deveria ser mais assim com todas as coisas. Eu sou daquele tipo de pessoa que cria muita expectativa sobre tudo. E, na maior parte das vezes, acabo frustrada..
Anyway, a China foi uma das melhores surpresas da minha vida. Adorei os vinte dias que passei por lá. Para não dizer que foi perfeito, eu diria que apenas duas coisinhas não foram boas na viagem. A primeira foi a distância. Ir para a China, como você bem pode imaginar, é uma viagem muito cansativa. Se colocar no papel, eu fiquei mais de 30 horas viajando até chegar lá. E o jet lag de 11 horas me atrapalhou bastante nos primeiros dias. Na volta, eu não aguentava mais aquela maldita poltrona do avião, e ficava me torturando olhando para o mapa que marcava nossa posição no trajeto, vendo aquele pontinho vermelho desgraçado se deslocar a passo de tartaruga na linha pontilhada. O segundo problema da viagem: a comida. Se você pensa que vai chegar na China e comer yakisoba em qualquer esquina, você está enganado. Aliás, o cara que inventou o 'China in box' não tem ideia do que é de fato a culinária chinesa. Eu nunca tinha visto nenhuma daquelas comidas antes na minha vida. E tudo com muita pimenta. Muita pimenta. De deixar a culinária baiana no chinelo. Enfim, eu tentei, eu juro, mas não consegui encarar muito bem a comida deles. Então, de vez em quando, nós dávamos uma escapadinha para as redes internacionais de restaurantes, a maioria fast food. Como eu nunca fui muito de comer fast food, cheguei ao final dos 20 dias com meu sistema digestivo virado do avesso.
Mas fora isso, foi uma viagem incrível. Os chineses são muito simpáticos, a maioria bastante curiosa sobre a nossa presença (imagina um casal de galegos naquele mar de olhinhos puxados). Teve um dia que eu fui fazer compras sozinha num shopping enquanto o respectivo trabalhava, e foi muito engraçado perceber a pequena muvuca de pessoas ao redor tentando observar minhas falhas tentativas de comunicação. Comunicação esta que, no final das contas, se resumiu a uma calculadora, onde o vendedor escrevia o preço que ele queria, e eu respondia com o valor que estava disposta a pagar. Até chegarmos num número que ambos gostassem (pechinchar na China é um dever e uma arte, algo para o qual não tenho a menor paciência e não quero falar sobre). Uma experiência e tanto. É muito esquisito não entender nada do que as pessoas falam ao seu redor, nem nada do que está escrito nas placas, vitrines, menus. Mas o mais incrível são os cenários chineses. Construções milenares de tirar o fôlego. Majestosas e imponentes, praticamente todas são enfeitadas com dourado e vermelho, cor que simboliza a prosperidade para os chineses. E de todos os enfeites, o que com certeza ganhou meu coração foi a lamparina.
A felicidade da criança.. (foto tirada na Muralha de Xian)
Adoro essa coisa. Queria poder pendurar várias no meu jardim, de cores diversas, alternando com fios de luzinhas. Só não faço isso porque o jardim, pobrezinho, tá bem judiado, e ainda estamos analisando se vale a pena investir num bom projeto paisagístico para ele. Temos até cinco lamparinas guardadas que o respectivo trouxe quando voltou da China para enfeitar a festa de aniversário dele. Até procurei algumas outras ideias para poder tirar as pobrezinhas do armário..
































O problema é que a nossas lamparinas são vermelhas e não combinam com a decoração de nenhum dos cômodos. Elas terão que ficar guardadinhas esperando uma próxima casa..
Tenho só boas lembranças daquela viagem. Tantas boas lembranças que achei digno dividir esse post em dois. Próxima parada: Jiuzhaigou. O lugar mais lindo e incrível que eu já estive na vida. Tão lindo que estragou todos os outros lugares nos quais eu estive depois. Nada chega aos pés de Jiuzhaigou. Mas estas são cenas do próximo capítulo. E eu não gosto de spoilers. Só me resta terminar com a famosa frase, to be continued..

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