quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Swinging from a broken tree.

Não sei se já comentei por aqui, mas eu fui uma criança de apartamento. Nos meus primeiros anos de idade, minha família morava em casa. Mas, na nossa segunda mudança depois do meu nascimento, fomos morar num apartamento e daí para frente não voltamos mais a morar em casas. Eu tinha por volta de uns 4 ou 5 anos, e me lembro de pouquíssima coisa daquela época. Lembro ainda menos dos anos anteriores. Tudo que me lembro é de crescer morando em apartamento. O que eu nunca achei ruim. Sim, eu imaginava que morar em casa era muito melhor. Mas os prédios onde moramos sempre foram cheios de crianças da minha idade, e eu tinha muitas amigas com quem brincar. Num dos prédios no qual moramos, tinha um senhor espaço aberto composto por piscina, quadra de esportes, churrasqueira e playground. E nós sabíamos muito bem usar aquele espaço. Não só aquele como todos os espaços do condomínio. As brincadeiras de esconde-esconde e pega-pega se estendiam até as garagens, canteiros, corredores, escadas, muros e até mesmo em cima da casa de gás. Sinto falta daquele lugar. Algumas noites eu ainda sonho que moro lá, sonho com cada detalhe do nosso apartamento e do condomínio. Foram 11 anos de boas memórias. Alguns traumas também, mas muitas boas memórias.
Depois que saímos de lá, continuamos nossa saga em apartamentos. Cheguei a morar num chalé com a minha irmã, num bairro mais bucólico de Floripa, e era uma delícia. Meu primeiro contato com o mundo fora de portarias, interfones e elevadores. Depois que fui embora da Ilha da Magia, mantive nossa tradição de apartamentos. Morar em casa era uma realidade distante, algo que eu pensava para quando tivesse filhos e morasse numa cidade mais tranquila. Foi então que saímos de São Paulo em direção a Resende. Os preços dos imóveis eram muito mais acessíveis e a cidade muito mais segura. Além do mais, nosso pequeno merecia um quintal para esticar as perninhas. Era o momento perfeito para uma casa. E aqui estou, morando há 3 meses nela e já posso dizer uma coisa com certeza: não quero mais voltar a morar em apartamento. Não tem nada melhor do que isso aqui.
Aliás, tem sim. Essa casinha tem tudo que eu quero e preciso, só falta um gramado verdinho e uma árvore frondosa no meio. Quem nunca sonhou em ter uma linda árvore em casa para poder relaxar deitado debaixo da sua sombra, ou pendurar um balanço onde possa passar uma tarde lendo um bom livro?! Eu sonhei. Ou melhor, eu sonho com isso. Adoro balanços. Adoro sentir o vento passando por mim enquanto vou aumentando a velocidade e a altura do chão. Me sinto criança de novo, no melhor dos sentidos. Toda vez que fico jogando a bolinha no quintal para o tranqueira, me pego pensando em como seria gostoso ter um árvore com balanço onde eu pudesse sentar enquanto vejo ele e a minha preta correrem felizes de um lado para o outro. Na verdade, quer saber?! Eu adoraria ter um balanço onde quer que fosse. Se não dá para ter uma árvore enorme e colorida no quintal, por que não arrumar um outro lugar para pendurar um balanço?!


Nesse não dá para sentar e se balançar, mas adorei a ideia!!



































No final das contas, eu nem preciso de todo o espaço que eu imaginava para ter um balanço em casa. Até mesmo nos menores dos apartamentos que eu já morei dava para ter tido um desses. E verdade seja dita, alguns são tão legais que eu nem reparei na ausência de árvores ou gramados.
Eu cresci em lugares apertados, sentindo falta do espaço lá fora. E só agora fui descobrir que falta de espaço não é problema. Falta de imaginação é. Bom, espaço eu consegui. Now I just have to let my imagination flow.. 

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