Quando
eu era criança, minha família tinha o costume de viajar para visitar os
parentes. Lembro das longas viagens de carro, de subir a serra em
direção ao Planalto Catarinense, pegar a BR-101 rumo o Vale do Itajaí, e
'descer' para a praia no final do ano onde nós tínhamos uma casa que
vivia cheia de visitas. De todas essas nossas andanças, havia uma pela
qual eu ansiava mais durante o ano inteiro: ir para a Fazenda de um tio.
Que na verdade não era tio, era amigo dos meus pais. Mas a gente foi
criado tratando ele com tio e os filhos como primos. Anyway, o caso é que eu
adorava aquele lugar. O ar fresco que deixava a noite mais gelada,
aquela infinidade de pasto verdinho, as cavalgadas, o camargo
de manhã cedo e toda aquela comida deliciosa, a casa com toda
rusticidade que lhe era por direito. Eu cresci frequentando a praia, mas
meu coração sempre foi do campo. Cresci sonhando em ter minha própria
chácara, com uma casinha de madeira aconchegante, enfeitada por uma bela
lareira, um fogão a lenha, e um riacho nos fundos do terreno se eu
tivesse sorte.
Não
me entenda mal, eu adoro praia, sempre adorei e sempre irei adorar. E
quanto mais longe dela eu moro, mais falta eu sinto. Mas há doces
memórias que só um bom cenário bucólico me traz. Talvez por isso eu me
encante tanto por decorações rústicas, com ares provincianos. Talvez por
isso eu me identifique tanto com o decór estilo 'Shabby Chic'.
Originário das grandes casas de campo da Grã-Bretanha, o shabby chic na
verdade não é bem um estilo, mas uma combinação de coisas antigas,
móveis de madeira repintados, tons pastéis/delicados e acessórios em
prata e porcelana, resumida em uma palavra: conforto. Em outras
palavras, tudo que eu imagino na minha chácara dos sonhos.
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Moço, empacota que eu quero levar essa escrivaninha tipo já! |
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Eu poderia morar nessa cozinha, não precisava de mais nada.. |
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Coisas que permanecerão para sempre nos meus sonhos. Como diria a poetisa, "eu quero uma casa no campo, onde eu possa ficar no tamanho da paz, e tenha somente a certeza dos limites do corpo e nada mais. (...) Eu quero uma casa no campo, do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé, onde eu possa plantar meus amigos, meus discos e livros e nada mais"...
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