Tá bom, vamos falar um pouco de coisa séria aqui. Já parou alguma vez para
pensar em quantas piadas você já ouviu sobre casamento? Daquelas que a
mulher é sempre uma mala e o homem se sente quase como se estivesse no
seu próprio funeral só de usar uma aliança. Já olhou ao seu redor e tentou contabilizar quantas histórias de pessoas que enfrentaram um divórcio difícil versus quantos
casais você já ouviu falar que viveram felizes para sempre? Poisé. O
que será que torna tão difícil a convivência diária entre duas pessoas
durante anos a fio? Eu não saberia responder. Sou caloura ainda nessa
assunto.. Mas eu tenho minha teoria sobre o assunto. É, eu sou assim metida mesmo, gosto de ter teorias sobre as coisas, ainda que nunca tenha passado por aquilo.
Mas enfim. No alto dos meus quase 6 meses de casada de experiência, eu diria
que há duas coisas pelas quais todas as pessoas deveriam passar antes
de pensar em se casar com alguém: morar sozinho(a) e morar juntos, nessa
ordem. Acho que essas duas experiências são essenciais na vida de
qualquer um, não só como uma base para relacionamentos, mas principalmente para
descobrirmos quem realmente somos. Acho que é só quando você se vê
sozinho, tendo que cuidar de si mesmo e de uma casa é que você define o
tipo de pessoa que você é. É só aí que você percebe se você dá conta de todas as responsabilidades ao mesmo tempo que
consegue curtir a sua própria companhia. Ou, pode ser que você perceba
que precisa necessariamente de alguém para cuidar de você e que não aguenta ficar sozinho. Ou, ainda,
que você não precisa de ninguém para cuidar das coisas para você, mas
que você adoraria dividir essas responsabilidades e a sua companhia com
outra pessoa.
Morar
sozinho é se descobrir. É descobrir se você leva jeito para cozinha, ou
se prefere encher a geladeira com congelados e alguma gaveta com menus
de deliverys. É descobrir se você não se importa em passar um sábado
fazendo uma boa limpeza na casa, ou se você acha que pagar uma faxineira
é um dinheiro muito bem investido. É descobrir que algumas roupas
jogadas num canto não te afetam at all, ou se um simples porta retrato
colocado no ângulo errado te dá faniquito. Já morar juntos é uma questão
de adaptação. Já dizia Darwin, não são os mais fortes ou os mais
inteligentes que sobrevivem, e sim os mais adaptáveis. Para dividir uma
casa com alguém, especialmente alguém que você ama e pretende passar uma
vida inteira junto, é preciso estar a disposto a se adaptar àquela
pessoa. É preciso reconhecer que ela provavelmente será muito diferente
de você, aceitar essas diferenças e se adaptar a elas. Lógico que essa é
uma via de mão dupla. E é um processo lento, que requer paciência. Mas
se os dois estiverem dispostos a se adaptar um ao outro, não tem porque
ter erro. Talvez não estejam. Talvez morando juntos descubram no outro
algumas coisas que não suportariam passar uma vida inteira tendo que
aturar. E aí é melhor mesmo nem casar. Por isso a importância do test
drive.
Esse
processo de adaptação inclui não só as grandes coisas, mas as pequenas e
aparentemente não tão importantes assim também. Aceitar uma ideia ou
sugestão da qual você não é muito fã, porque aquela não é só a sua casa,
mas a dele(a) também. Certa vez nós fomos visitar uns parentes do
respectivo. Sabe aquela primeira vez na casa da pessoa que ela te leva
para conhecer todos os cômodos? Então. Jogado no canto de um desses
cômodos, estava um mapa mundi bem grande, enquadrado. Olhinho do marido
brilhou na hora. Era um mapa antigo da Air France, com as legendas todas
em francês, muito bonito. Eu esqueci do quadro logo depois da visita.
Ele colocou na cabeça que queria um mapa mundi decorando a nossa casa.
Tempos depois fomos passear na Liberdade, em Sampa. Enquanto eu estava
entretida com as bugigangas, ele achou um ambulante vendendo mapas. E
veio me encontrar todo feliz com o mapa na mão. Eu não fazia ideia do
que fazer com aquilo, não sabia onde enfiar na nossa casa. Sinceramente
nunca tinha pensado em ter um mapa como objeto decorativo, e nem achei
uma ideia tão boa assim quando ele me falou. Mas ele estava tão
empolgado com o mapa, eu não podia simplesmente dizer não. Não sem antes
pesquisar algum jeito de usar aquele mapa de maneira a agradar ambos.
Sábia decisão..
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Mapas ficam lindos não só na parede como nos móveis também. |
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Nessa minha pesquisa por mapas na decoração, descobri que eles são hits em quartos de criança. |
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Sala com decoração contemporânea onde mapas roubam a cena. |
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Retrô feelings, gorgeous! |
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Todo o meu amor por esse decor! |
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Lindo!! |
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Decoração sofisticada com mapa. |
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Quem não gostaria de trabalhar num escritório desses?! |
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Linda combinação de cores. |
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Iluminação direcionada para o mapa, dá um toque ainda mais especial. |
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Green pale, love it! |
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Quero o mapa e o bonequinho fofo, please! |
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Lindo esse quarto, já salvei na pasta de ideias pros futuros pimpolhos. |
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Composição perfeita de tons de marrom. |
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Mapa mais moderninho, igualmente lindo. |
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Adoro combinação de marrom com azul. |
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Esse mapa com relevo é quase uma obra de arte. |
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Nesse quarto bem clean, o mapa é o ponto alto da decoração. |
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♥ |
Além dos mapas usados enfeitando paredes, achei algumas ideias bem inusitadas e lindas..
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Lembra do post sobre móveis reformados com papel de parede? |
No
final das contas, preciso dar o braço a torcer. Mapas podem sim ficar
lindos na decoração. É só saber usá-los. Ele viu potencial numa coisa
que eu nem dei bola. Essa é a beleza de viver a dois. É poder contar
sempre com uma segunda opinião, um ponto de vista que você não tinha e
que pode mudar tudo o que você pensa sobre uma coisa 'x'. É sentir que as suas diferenças se complementam, e que você é uma pessoa muito melhor ao lado dele(a). Lógico que eu não sou nenhuma expert, e tudo que eu falei aqui pode não passar de uma grande besteira. Afinal, finais felizes não tem uma fórmula mágica para acontecer. Cada um, cada um. Cada história, uma história. Mas eu continuo acreditando na tal lei da sobrevivência. Adaptando-me a ele eu não só me permiti ter ideias novas, como me permiti viver momentos que eu jamais teria coragem sem ele ao meu lado. So, cheers to Darwin!
Imagens via Pinterest.
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